Cidade do Mangue

Princesa do Sertão! Apesar de estarmos próximo a quase 100 quilômetros do litoral baiano, nos encontramos afundados em profundos e difíceis momentos, e assim a vida tornou-se um caos desde então, onde os direitos passam a serem “esquerdos” e a vida continua ou deveria continuar. A sobrevivência como sabemos, desde primórdios de nossa história, nossa literatura brasileira sempre nos lembrava de trechos assim: “a maioria não tem muitos privilégios”. Verdade! E ainda continuamos a não ter, testemunhamos a massa gigantesca e seus direitos sendo massacrados no cotidiano, fatos que revoltam e nos levam a pensar se nossos filhos terão oportunidade de crescer e prosperar, será que aguentaremos todos os dias a espera de uma vida melhor? Ou será que, em verdade, buscamos a subsistência alicerçada num padrão de vida sustentável?

Voltando a nossa querida cidade (...), como as demais cidades de todos os brasileiros, também tem problemas - o que até aqui, não é de se espantar -, porém a maior divergência está nas atitudes da minoria (quando se pensa na titularidade do poder: o povo), as chamadas autoridades, pois é ela que pode fazer acontecer, e vou além, ela define se um país irá crescer ou perecer, seja em âmbito nacional, regional ou local. Talvez um dia possamos resgatar essa aparência de cidade pacata, pois atualmente muitos nos perguntamos o que aconteceu e o que está acontecendo com a nossa cidade. Reflexos de um individualismo globalizado? A insegurança não só está na falta de segurança pública, a degeneração de nossos valores e princípios morais exala nossa credibilidade, com os nossos braços cruzados, estabelecendo ligações de promessas e acertos esquecidos, onde tudo está bem, o poder supriu todas necessidades da pirâmide que estabelece elementos necessários para a convivência em sociedade, e mesmo assim todos ficam felizes.

Hoje existem muitos “caranguejos” presos em vários balaios em nossa tão querida cidade, onde vários tentam escapar, mas tão logo é puxado pela ganância, corrupção, e principalmente PODER. Seria o poder que corrompe o homem? Tudo isso cria o que se pode chamar de lama iterativa, na qual as relações de poder se interagem de tal forma a ser difícil distinguir a gênese do problema enfrentado. Como conseqüência a dignidade dos menos favorecidos é ferida de morte, levando muitos, faticamente, ao óbito inexorável. Pois é caros, a Princesa do Sertão passou a ser A Princesa do Mangue, onde há lama para todos os lados, além da alta infestação de “crustáceos” cabeçudos de presas grandes para fisgar um lugar no pleito onerante aos desavisados e esquecidos.

É de profunda indignação a situação que nossa cidade vem passando. A pergunta é, até onde isso vai chegar e quantos irão ainda pagar o preço? Um preço que muitas vezes custa a própria vida.
Acorda Povo !!!

Deus nos ajude !

By Thiago Aras

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