A viagem


Certo dia minha mãe nos acordou e arrumou algumas roupas e juntou todos meus irmãos e saímos para uma viagem jamais percorrida por nós.

Estávamos em um ônibus cheio de gente de todos os tipos, alguns sem camisas e outros cantavam e pulavam ao som de tambores e pandeiros, uma bagunça total... Fiquei meio apreensivo com aquela agitação, mas acabei logo acostumando com os balanços do carro e o barulho do pessoal. Logo avistei pela janela do ônibus que prédios e casas não tinham mais, só se via vegetação e estrada cheia de curva e depressões. Passou-se quase uma eternidade para chegar ao local. Lembro muito bem deste dia, como se fosse hoje. Eu minha mãe e minhas irmãs decíamos do ônibus meio enjoados da viagem que passou... Mas logo me recuperei e fomos à procura do nada, do desconhecido, pois até aquele momento não tínhamos idéia onde estávamos indo e o que procurávamos... Até o momento que minha irmã mais velha falou: Mainha! Olha o céu no chão, e todos deslumbrados da visão ficamos, sem ação e nem palavras, era nada mais que o mar, azul da cor do céu, pois jurava que o céu tinha caído...
Foi à experiência mais encantadora de minha vida, pois aqueles raios reluzentes que viam do mar, gerava uma expectativa de viver intensamente a cada segundo que estava por lá.
Vejo que o mundo é cheio de coisas belas e constantes mudanças, influi diretamente e indiretamente no ser humano. Mas o homem a cada dia torna esse mundo de grandezas, um planeta de discurso e mais interrogações. Talvez seja a única coisa que temos que preservar até o fim dos dias. A nossa percepção e os survenis que levamos consigo em todas as descobertas.

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